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sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Eu, a urna, o voto

Neste domingo, estarei novamente exercendo minha cidadania: eu, a urna e, nela, o voto. Ah, que solidão! Não é bastante perceptível que esse ritual da democracia burguesa, controlada e limitada, é, ao seu modo, um empobrecimento da prática democrática? Parece um ritual higienista: todo mundo asséptico, sem panfletos, sem barulho, sem debate, sem... democracia. É o estado zelando pela nossa consciência! E o zelo no ato, a sacralização ritualística, é simplesmente o ápice fetichista de que, ali, estamos decidindo, com a consciência limpa e tranquila, os destinos da nação. Ilusão!

Voto na Dilma! Os motivos? Já escrevi em postagens anteriores. Porém, muito do que ocorrerá a partir deste domingo já foi decidido; não por nós, mas sim pelos poderes econômicos e políticos que sustentam as respectivas candidaturas. Se, como trabalhadores, quisermos, de fato, interferir nos destinos da nação – ou seja, no nosso destino –, temos que, passado este momento modorrento, nos mobilizarmos, ocuparmos as ruas, os espaços públicos e, em nossos locais de trabalho, fomentarmos a mobilização sindical e política. Isto porque é ali, nesses espaços, que, em condições muito mais favoráveis e sustentáveis, poderemos, para além dessa modorra política do capital, dar vida à democracia do trabalho. Esta, afinal, é aquela que mais nos interessa. 


Depois do voto, a luta!

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